7.8.11

A cada braçada, o pensamento não se desvanecia. Pelo contrário, integrava-se numa nova clareza real. O mar expandia-se perceptualmente. A clareza das águas, pouco turvas - terá encerrado a estação de tratamento das águas? - permitia observar cardumes de pequenos peixes acinzentados, amarelados. Pedaços da areia reanimados pela manhã aérea. Sentia-me e pensava-me em uníssono, de fora para dentro e sem esforço. A temperatura era adequada à minha composição mineral. Cristalização, tranquilização, mas sem estagnação. Talvez tenha sido a volição. E já não me preocupava com as brisas passageiras, os metamorfismos inerentes. A rotina estabelece fundo ontológicos.

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