24.1.10

Se sentisses o frio do vento. Se não fosses uma civilização, se não fosses umas palavras, se não fosses. Se não fosses as melodias que encantam a poeira no chão de verão. Se não fosses o tempo em ti. Talvez o chão se movesse para latitudes dolorosas, ou talvez se criasse uma nova dimensão. E brechas se abrem no vazio, mostrando o paradoxo da ausência.

Parei, finalmente. Finalmente movo-me no fora e não o fora se move em mim. Tornei-me reactivo, menos imaginativo. Já sou um pedaço de homem, quente, recebendo passivamente a luz do sol que me aquece, e eu deixo. Deixo-me fazer parte disto tudo.

1 comentário:

Anónimo disse...

go take your lithium pills boy ! :) we don't like crazy talk !